A minha experiência de voluntariado começou muito cedo. Como escuteira, fui voluntária em inúmeras acções. Mas nunca uma acção de voluntariado me preencheu tanto o coração como na Liga Portuguesa dos Deficientes Motores. Tinha eu 17 anos, estava a fazer o 12.º ano e tinha algum tempo livre. E resolvi ocupá-lo ajudando crianças e jovens muito especiais. Nada me tinha preparado para as emoções que vivi naquele ano. Dei comida a muitas crianças, levei muitos à casa de banho, acompanhei-os em várias acções, apoiei-os na sala de aulas, fiz um pouco de tudo. Ainda hoje penso muitas vezes que continuar a trabalhar com crianças deficientes seria a minha vocação. Mas as minhas costas ficavam acabadas ao fim de cada dia, de tanto carregar com crianças que não conseguem fazer-se leves. Fisicamente foi demais para mim mas emocionalmente foi das melhores coisas que fiz na vida.
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