Bom dia e boa semana para todos desse lado! Ofereço-vos natureza selvagem! Uma flor que fotografei à entrada da praia.
Foto de Alexandra Sousa |
Hoje é o Dia da Família e por coincidência faz precisamente um ano que este amiguinho entrou na nossa. Um gatinho selvagem, que foi adoptado em plena quarentena. E ele adoptou logo a sua caminha, que na altura parecia enorme e que agora já quase não cabe, mas continua a adorá-la.
Hoje o Kobe (em homenagem ao basquetebolista Kobe Bryant) é um gatão que tem tanto de querido com de terrível, que veio para mudar as nossas vidas, para nos torrar às vezes a paciência e outras vezes para nos derretermos de mimo com as suas posições, mas que também nos faz rir com as suas correrias e brincadeiras e surpreender com a sua inteligência.
Fotos de Alexandra Sousa |
Ainda a digerir a vitória do meu Sporting! 19 anos depois. Uma vitória bem merecida. Com um presidente e um treinador ponderados e educados. Com uma equipa sem vedetas. Parabéns Sporting! Esforço, Dedicação, Devoção e Glória, o lema do Sporting nunca fez tanto sentido.
Já não ia há tanto tempo para esta zona de Lisboa que nem tinha ideia da dimensão da sua transformação. Perto do Parque das Nações, junto ao rio, onde nasceu um novo projecto imobiliário de grande dimensão (mas fraco gosto, pelo menos para mim), nasceu também um novo espaço de frente ribeirinha. Um grande jardim à beira do Tejo. Por ali encontrei pessoas sedentas de ar livre, em pequenos grupos e devido distanciamento social, a apanharem ar e sol.
Um novo espaço verde em Lisboa, bem agradável para um passeio de fim de semana.
Fotos Alexandra Sousa |
2020 foi um ano péssimo para toda a gente, horrível para mim. Perdi quatro pessoas da minha família, uma delas o meu querido pai, assunto sobre o qual já aqui falei. E confesso que isso me roubou um pouco da minha inspiração e vontade. Também o facto de estar envolvida noutros projectos fez com que o meu tempo ficasse muito reduzido e a minha cabeça não deu para mais.
No entanto, aos poucos, sinto que vou renascendo, uma espécie de desconfinamento pessoal e vou recuperando alguns dos temas que deixei com pontas soltas. Um deles é o meu segundo livro e finalmente retomei a sua escrita, que vai agora fluindo, para ver a luz do dia o mais breve possível.
Há algumas semanas decidi que 2021 seria um ano ideal para renovação e para operar algumas mudanças. Aproveitar para arrumar gavetas, rasgar papelada, organizar documentos, dar coisas que não preciso e outras deitar fora. No fundo, sinto que é o libertar de más energias, para dar espaço a boas energias. Afinal, espero ter muitos anos pela frente e pretendo gozar cada dia da melhor forma possível. E ter tudo mais arrumado faz bem à cabeça.
E por falar em cabeça... também por aqui há mudanças. Já andava há muito tempo a querer deixar de pintar o cabelo. Como o meu cresce muito rápido, depois de o pintar, em pouco mais de uma semana já se começavam outra vez as ver as raízes brancas e era um martírio. E com tantos anos de tinta, estava a começar a ficar crespo, estragado e a cair muito. Porém, a coragem faltava-me e também os comentários de várias pessoas não ajudavam.
No entanto, aproveitando o embalo dos cabeleireiros fechados e de me encontrar em teletrabalho, resolvi de vez fazer aquilo que me apetecia. Não pinto o cabelo desde o início de Outubro. E não consigo explicar a sensação de libertação que isso me dá. Não nego que é um processo chato, que por vezes parece feio, mas a maior parte do tempo estou a adorar e ainda não tive vontade de voltar atrás nesta decisão. Para minimizar o impacto, tenho feito rabo de cavalo, outras vezes uso bandoletes ou lenços. Mas a verdade é que estou a gostar dos meus cabelos que parecem prata e de ver nos outros a sua cor real, coisa que não via há muitos anos.
No Instagram, há uma página que se chama Clube das Grisalhas, onde muito me inspiro e houve uma frase publicada que não me sai da cabeça "Numa sociedade que lucra com a sua insegurança, gostar de si é mesmo um acto de rebeldia". E é assim que me sinto, segura e a gostar de mim como sou, independentemente das vozes que se erguem a dizer "és muito nova para assumir os brancos" ou "isso vai-te envelhecer". Resposta para esses comentários? - Não quero saber. Entretanto tenho tirado fotografias do processo da minha grisalhice e pode ser que um dia vos mostre aqui.
Bem, a conversa já vai longa, queria dar-vos nota deste meu confinamento, sem prometer nada ainda sobre a periodicidade de aqui escrever, mas com muita vontade de regressar.
E desse lado, como estão? Quero saber tudo!
Como é bom voltar a uma sala de cinema, mesmo de máscara. Ver um filme numa sala de cinema é completamente diferente, e para melhor, claro, do que ver na televisão ou outro aparelho. É mesmo bom estar de volta e esperamos que não se volte atrás nas medidas de desconfinamento. E que grande regresso! Nada melhor do que recomeçar com um excelente filme, "O Pai", com uma história extraordinária e magníficos actores e interpretações, como Anthony Hopkins e Olivia Colman. Não é por acaso que este filme teve seis nomeações para os óscares, tendo vencido nas categorias de Melhor Actor e Melhor Argumento Adaptado.
Ao verem este filme, muitas pessoas se irão rever neste pai e nesta filha e tudo o que o que os rodeia, as implicações nas decisões que custam a tomar, mas que têm de ser tomadas, por muito que custe. Um filme que demonstra que não merecemos terminar assim. A não perder nos cinemas a partir de quinta-feira, 6 de Maio!
Eis a história:
Anthony (Anthony Hopkins) tem 81 anos e mora sozinho no seu apartamento em Londres, rejeitando todas as enfermeiras que a sua filha Anne (Olivia Colman) tenta impor-lhe. Porém, esse apoio torna-se cada vez mais urgente para ela, pois vai deixar de poder visitá-lo todos os dias - decidiu mudar-se para Paris para viver com um homem que acabou de conhecer...
Mas se isso é verdade, quem é o estranho que irrompe pela sala de Anthony, afirmando ser casado com Anne há mais de dez anos? E porque diz tão convictamente que estão na casa do casal e não no apartamento de Anthony? E ela não tinha decidido ir viver para Paris? Estará Anthony a perder o juízo?
Parece que o mundo, por instantes, deixou de ter lógica.
"O Pai" aborda a trajetória extremamente tocante de um homem, outrora forte e enérgico, cuja realidade se vai desmoronando lentamente perante os nossos olhos. Mas é também a história de Anne, a filha que enfrenta um dilema igualmente revelador e doloroso: o que fazer com o pai? Como viver o momento mantendo a dignidade dos dois?
Podem espreitar o trailer aqui.