E depois do adeus

Acabou a Gabriela mas este fim de semana foi rico em estreias, pelo menos na RTP 1, com a "Odisseia" do Bruno Nogueira e "E depois do adeus". Esta última série tocou-me especialmente. Por um lado, é uma espécie de "Conta-me como foi", série que segui religiosamente. Por outro, porque o tema central é o regresso à pátria de milhares de portugueses, das ex-colónias, os chamados "retornados". E eu vivi de muito perto essa situação. Não eu, que sou alfacinha de gema e sempre por cá vivi, mas uma das irmãs do meu pai, regressou de Angola com os três filhos e ficaram a morar connosco. Lembro-me de arranjarmos o sotão para os receber, em jeito de uma casa pequenina para morarem e para terem a sua privacidade e lembro-me igualmente, como se fosse hoje, de ir ao aeroporto com os meus pais, esperar uma tia e três primos que não conhecia. Mais tarde, meses depois, creio eu, chegou o meu tio. Outra das memórias que tenho e que a série me fez recordar, foi a questão dos caixotes de madeira. Recordei-me da ansiedade da sua chegada, onde viriam muitos dos pertences dos meus tios e de os mesmos serem colocados no nosso quintal. Enfim, ver esta série, fez-me voltar um bocadinho à minha infância. Vou continuar a segui-la, claro.