segunda-feira, 21 de outubro de 2013

As aparências iludem

Todos temos (ou pelo menos quase todos) a tendência de fazer julgamentos precipitados. Influenciados pelas nossas vivências e por estereótipos criados pela sociedade, o facto é que tendemos sempre a pensar que a pessoa y ou x deve comportar-se de tal maneira, apenas pela sua aparência. E muitas vezes sai-nos o tiro pela culatra. Ora leiam este exemplo vivido por mim. Estava eu na esplanada da Mexicana, em Lisboa, e reparo em duas mulheres sentadas, muito perto de mim. Uma delas era impossível não chamar a atenção. Tinha um cabelo curto à garçonne, loiro platinado. Usava uns calções curtíssimos verde limão eléctrico e uma blusa branca transparente, com um decote generoso que mostrava grande parte do seu ainda mais generoso peito. As pernas estavam bem bronzeadas e nos pés trazia calçadas umas sandálias com plataforma e com uns saltos de 15 cm. Os lábios pintados de vermelho vivo, coloriam ainda mais a figura. Conversava com uma amiga e o tema era sobre homens. Mas vai daí, quando agucei mais o ouvido, ouvi da boca da senhora, a pronúncia das beiras mais serrado de que há memória. Ou seja, a xenhora, falava axim, com um xutaque que nós atribuímos a mulheres simples, mais idosas, com cabelo apanhado e de carrapito. A bota não batia com a perdigota. Por isso, não há dúvida de que as aparências iludem.
 
 
 
 

4 comentários:

Depósito de flores