75 anos de rádio em Portugal

Quero agradecer a todos os que ontem me enviaram mensagens de parabéns. É bom sentir que apesar de não deixarem aqui os vossos comentários, estão atentos ao que escrevo.

Mas hoje queria falar da rádio. Esta semana assinalaram-se 75 anos da rádio em Portugal. E se às vezes achamos que a rádio é menos importante que a televisão, chegamos à conclusão que é errado pensar assim quando damos conta da companhia que a rádio nos faz ao longo da vida. Eu por mim falo. Tenho recordações da minha infãncia que se relacionam com a rádio, programas que marcaram a minha vida. Lembro-me de ouvir com a minha avó a radionovela "Simplesmente Maria". Lembro-me igualmente, de termos uma pequena telefonia na cozinha onde ouvíamos à hora do almoço e à tarde os Parodiantes de Lisboa com as suas palhaçadas e a maior delas era o Rádio-Crime, com o famoso inspector Ventoínha. E a felicidade que foi para mim receber o meu próprio rádio de pilhas que tinha uma capa cor-de-rosa. Com esse rádio eu conseguia ouvir, no maior secretismo, à noite, debaixo do cobertor, o "Quando o telefone toca" e mais tarde o "Oceano Pacífico".

O mítico programa humorístico "Pão com Manteiga" também faz parte das minhas memórias e aí lembro-me de ouvi-lo com o meu pai.

Mais tarde o "Homem que mordeu o cão" mereceu a minha fidelidade e hoje em dia sou fã de "A Caderneta de Cromos" na Rádio Comercial.

Costumo trabalhar ao som da rádio e ao escrever isto estou a ouvir música, claro, na Rádio.

Não tive tempo de ir a casa dos meus pais fotografar o rádio da minha avó mas é mais ou menos parecido com este da foto.

Beijinhos e abraços. E bom fim de semana.